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23 de julho de 2011

Cada um de nós carrega a sua história

Me inspirei no show do Biquíni Cavadão para escrever esse post. Eles tocaram ontem (22/Julho) aqui em SP e eu tive a felicidade de assistir ao show. Fazia tempo que eu queria ouvi-los ao vivo. E para a minha grata surpresa o Ultraje a Rigor dividiu o palco com o Biquíni.

Bom, o que me motivou a escrever o post foi a atitude positiva perante a vida e a energia que o vocalista da banda mostrou durante o show. Sempre admirei o Biquíni, e sou fã de carteirinha dos seus clássicos: Timidez e Tédio. Essas músicas já fazem parte da trilha sonora da minha vida. Quando penso em minhas histórias românticas, não dá pra desassociar a letra "Toda vez que te olho, eu crio um romance, te persigo, mudo todos instantes... Falo pouco pois não sou de dar indiretas, me arrependo do que digo em frases incertas. Se eu tento ser direto, o medo me ataca...".

Mas a história que eu quero compartilhar hoje não é uma história romântica. É sobre a vida, a capacidade de superação. Quantas pessoas vocês conhecem que não conseguem deixar o passado para trás? Às vezes eu acho que sou uma delas. Ontem eu estava sozinho, pensando na vida. Não estava lá muito entusiasmado. Por sorte eu li uma notícia de que teria o show do Biquíni. Pensei comigo mesmo "vou ficar aqui em casa sozinho, ou vou me divertir nessa sexta?". Vocês já sabem a resposta! Deixei de lado minha melancolia e fui curtir uma boa música ao vivo, na companhia da minha própria alegria.

Um exemplo de superação me motivou. Não faz muito tempo (acho que cerca de 1 mês) que o filho do Bruno Gouveia (vocalista do Biquíni) faleceu em um acidente de helicóptero. Li as palavras do Bruno sobre o ocorrido, e de forma resumida, ele decidiu seguir a vida. No show deu pra reparar que ele ainda sentia a perda do filho pelo sentimento que ele demonstrava em algumas canções. Mas ele decidiu continuar! Uma das músicas que me tocou foi "Impossível", onde ele diz: "tudo que morre, fica vivo na lembrança. Como é difícil viver carregando um cemitério na cabeça".

As perdas fazem parte da vida. E aceitá-las e seguir adiante é o desafio. Como continuar se as vezes parece que tudo que era importante ficou pra trás? Acho que somente uma vontade muito forte de viver e de ser feliz pode ajudar a uma pessoa apostar no futuro ao invés de tentar reviver o passado.

Viva o presente, guarde o passado com carinho na memória e aposte suas fichas no futuro! Com dedicação e esperança, certamente ele será melhor!