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25 de julho de 2006

E...

Pulo, e eu digo:

Se,
Se consumar, teremos a semana
Que será beija-flor
Que tão logo desabrochará num sábado...

24 de julho de 2006

Convite II

Lis, em resposta ao seu convite...

Por que não?
Caminhar na areia
Ouvir o som das ondas
Conversar descontraído
Beber água de coco
Se entregar aos pensamentos
Sorrir de dentro pra fora
Curtir o final de semana
Até dizer adeus
Depois do pôr-do-sol

10 de julho de 2006

Convite

Vamos
Beber chuva
Nela afogar a saudade
Embriagar a timidez
Caminhar no meio fio da tarde
Cair na noite
Perder-se na madrugada
Não se importando se hoje é segunda
Seguiremos primeiro
Nosso primeiro pensamento.

6 de julho de 2006

Os bons morrem jovens

Um amor perdido. Uma desilusão. A solidão andando de mãos dadas com o cotidiano.

No começo os amigos se afastaram. Deixaram-no sozinho, curtindo sua solidão. Depois alguns re-apareceram e tentaram levá-lo de volta para a curtição. Mas não deu certo.

Ele era um cara das antigas. Talvez o príncipe encantado que muitas mulheres procuram. Bonito, simpático, um cavalheiro, educado e acima de tudo divertido. Mas talvez fosse bonzinho demais. Estranha a idéia de que ser bom é pejorativo. Mas talvez fosse isso.

Nunca fez nada de errado. Não traiu, não se afastou, não perdeu o interesse. E acima de tudo era verdadeiro. O que ele sentia era verdadeiro, e dessa forma investiu tudo naquela relação e por algum motivo não deu certo.

E ele imaginava o porquê. Não deixou de lutar. Quando ela disse que terminou, ele tentou descobrir o porquê e ela mesma disse não saber. Tentou reconquistá-la, mas foi em vão. Realmente tudo estava acabado.

E agora, como recomeçar? O que procurar se ele já havia encontrado tudo o que buscava? Pode-se dizer até que ele já tinha vivido o seu grande amor. O que resta da vida quando uma etapa tão importante se passou?

Talvez fosse a hora de uma metamorfose. Aquele que um dia ele foi cessará de existir pois viveu uma vida completa, um ciclo se encerrou. Agora o que resta é abrir as portas para o novo e deixar a bagagem para trás (e talvez não ser tão bonzinho dessa vez).

5 de julho de 2006

Respostas

Diga-me uma cor
Um sabor
E eu falarei daquele dia em que a alegria
Foi como o sol a invadir a manhã ainda fria
Quando você chegou

Diga-me quem foi
Que veio
E te deixou
Assim:
Tão distante de mim
Quando o olhar te tocou

Diga-me
Se o que digo não importa
Então fecharei a porta
E partirei sem dizer
Mais nada.