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29 de setembro de 2003

Nesse final de semana fui assistir "Liga Extraordinária". Não recomendo. É um filme sem sal, porém vale a citação por uma frase do personagem de Sean Conery. Ele fala sobre o tigre que quando está velho, sabendo que o final se aproxima, se torna mais feroz e morre lutando. No filme, essa frase se aplica ao personagem Allan Quatermain de "As Minas do Rei Salomão", uma espécie de Indiana Jones.

Vou morrer lutando também!

16 de setembro de 2003

Smooth


Sol se pondo, um calor intenso. No horizonte a linha que divide o céu do mar é marcada pela coloração avermelhada do céu neste horário. A sombra dos pequenos prédios ajuda a amenizar o calor, mas ainda assim a melhor forma de se refrescar é dando uma volta de buggy enquanto a brisa do mar bate no rosto e nos cabelos.

Vou buscá-la. Faz algumas horas que não nos vemos. A noite anterior foi mágica. Um amigo deu uma festa em sua casa aproveitando-se da ausência dos pais. Em noites de calor tenho pouca vontade de dormir. Só o faço quando estou completamente cansado. E nessa ultima noite demorou muito pra eu ficar cansado. Quase 24 horas acordado direto. Muita música, bebida e diversão garantida.

Ela estava linda. Seus longos cabelos, levemente ondulados, dourados e soltos. Durante o dia ela costuma utilizar os cabelos presos por causa do calor, mas a noite ela os solta. E sabe como eu adoro. Como adoro seu sorriso, encantador como sempre.

A festa rolou de forma descontraída. As pessoas vestiam apenas roupas de praia, afinal de contas planejávamos terminar a noite com um lual, depois um banho de mar. Quando estamos nos divertindo, o tempo voa. Mas quando estou longe dela, parece o contrário.

Tive um pesadelo durante o pouco tempo em que dormi. Eu estava longe de tudo o que me agrada, longe da vida. Mas não. Não agora. Preciso chegar até a casa dela logo. Acelero o buggy e ligo o som do rádio. Está tocando Santana "Smooth". A guitarra prende minha atenção com seu ritmo. Definitivamente uma boa música para a ocasião. "Your my reason for reason", minha razão de viver. "Gimme your heart, make it real".

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Meus olhos piscam. O calor parece ter desaparecido. Make it real.. ARGH! No lugar do calor, eu olho pela janela e vejo as gotas de chuva batendo no vidro. O rádio despertador está ligado e é de lá que saem os últimos acordes de Smooth. Tenho que sair debaixo das cobertas e ir trabalhar. Mais uma noite de pesadelos...

15 de setembro de 2003

Ah, look at all the lonely people

"Eu quero a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida". É mas parece que essa sorte não tem vindo pra muita gente. Ou melhor dizendo, ultimamente não temos aproveitado a sorte que a vida nos tem a oferecer. É certo que existem pessoas interessantes e bonitas sozinhas, como é certo também que tem muita gente procurando a sua alma gêmea.

Por falar nisso eu sou uma pessoa que não acredita muito nas coisas, mas bem que eu gostaria de ter uma alma gêmea. Minha alma gêmea conseguiria captar o que eu quis dizer com esse post, mas que to com preguiça de terminar.

Viver é bom, nas curvas da estrada. Solidão que nada.

Quem sabe nos meus sonhos?

8 de setembro de 2003

Cineminha Esse final de semana fui assistir Piratas do Caribe . Na verdade queria assistir ao filme tratamento de Choque com o Jack Nicholson e o Adam Sandler, mas como era estréia preferi deixar para o próximo final de semana. Piratas do Caribe não decepciona! É um bom filme e o Johnny Depp interpreta muito bem o capitão Jack Sparrow, acrescentando humor às cenas em que está presente. E ainda conta com a belíssima Keira Knightley no papel de filha do governador que tem o seu amor dividido entre um plebeu e o homem mais cobiçado de Port Royal.

O plebeu, o Will Turner, foi interpretado pelo Justin Timberlake ex-membro do grupo pop N'Sync que iniciou muito bem a carreira nos cinemas neste filme.. Hehehehehehe. Brincadeirinha! Na verdade quem interpreta o mocinho da história é Orlando Bloom, o mesmo que fez o elfo legolas do Senhor dos Aneis, só que nesse filme ele aparece sem a cabeleira dourada do Legolas e com um bigodinho meio duvidoso.. Reparem na semelhança.

3 de setembro de 2003

"Mas quando chega o fim do dia
Eu só penso em descansar
E voltar p'rá casa pros teus braços
Quem sabe esquecer um pouco
De todo o meu cansaço
Nossa vida não é boa
E nem podemos reclamar..."
O que eu fiz do meu precioso tempo? Li essa pergunta e parei pra pensar. Pensar nos sacrificios que faço (fazemos) todos os dias. Indo trabalhar em um lugar que nem sempre (ou quase nunca) me oferece as mínimas condições. Voltando pra casa cansado e sem animo para mais nada. Será que vale a pena?

Muitas pessoas vivem em função de seus trabalhos, o que não chega a ser ruim uma vez que você goste do que faz. Mas se o seu emprego exige que você trabalhe em equipe, e tenha pelo menos 1 chefe (eu tenho vários) você pode correr o risco de que mesmo fazendo o que você gosta, o trabalho acabe te chateando.

Gosto do que faço, exceto quando tenho que fazer trabalho "burocrático". Sabe aqueles serviços sem sentido só pra parecer bonito? Tipo: preparar uma apresentação para algum executivo contando um monte de mentiras com o intuito de agradá-lo, ou então, fazer teatrinho pra enganar o pessoal que faz "auditoria". Isso me deixa de saco cheio!! Nem vou continuar nessa linha de raciocínio pois senão esse post não terá fim.

Hoje abri mão de uma atividade que me dava prazer, em prol do meu emprego. Isso me deixou meio deprimido. Acho que por isso resolvi escrever esse post. Meio que um desabafo.

"Então venha me dizer: "o que será?"... Da minha vida, sem você? Noites de frio, dia não há. E um mundo estranho pra me segurar." (ouvindo Fulgás da Marina)